terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM DECORRÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO AMBIENTE HOSPITALAR

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE – IESRIVER

ENFERMAGEM

BRUNA VITALINO BORGES PEREIRA
SEBASTIANA VANDA GONÇALVES MONTEIRO
VALDINALVA BARCELOS LOPES MENEZES

















O ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM DECORRÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO AMBIENTE HOSPITALAR




















RIO VERDE-GOIÁS
2009
BRUNA VITALINO BORGES PEREIRA
SEBASTIANA VANDA GONÇALVES MONTEIRO
VALDINALVA BARCELOS LOPES MENEZES
















O ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM DECORRÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO AMBIENTE HOSPITALAR







Monografia apresentada ao Instituto de Ensino Superior de Rio Verde como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem
Orientador Prof.º.: Ms. Joel Marcos Spadoni













RIO VERDE-GOIÁS
2009
ATA DA APRESENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE MONOGRAFIA


Aos _____ dias do mês de ____________ de dois mil e _________ ocorreu, nas dependências da sala ______da Faculdade Objetivo, às __________, a apresentação da Monografia de final de curso intitulada “______________________________________________________________________________________________________________________________” realizada pelos acadêmicos do 8º período de Enfermagem desta IES ______________________________________________________________________________________________________________________________e __________________________________________________________________.Os professores__________________________________________________________, _______________________________________________________________e _____________________________________________________________
que fizeram parte da Banca Examinadora, (___) aprovaram (___) reprovaram, o referido trabalho, com média final ______. Nada havendo a tratar, deu-se por encerado trabalho, e lavrou-se esta ata que vai assinada pelo coordenador do curso de Enfermagem e pelos membros da banca.


Coordenadora do Curso de Enfermagem: _____________________________


BANCA EXAMINADORA



Orientador:_________________________________________________
Titulação, nome completo.
IESRIVER


Membro:________________________________________________________
Titulação, nome completo.
IESRIVER


Membro:________________________________________________________
Titulação, nome completo.
Titulação de origem



RIO VERDE-GO_____ de _______________ de ________.





















DEDICATÓRIA






Dedico aos meus pais, Aristides e Rosely, por colaborarem comigo nesta longa caminhada.
Dedico à minha irmã, Beatriz, à minha prima, Ludimila, pela compreensão e carinho em todos os momentos desta jornada.
Dedico à minha avó, Maria, por tanto me auxiliar nessa trajetória.
Dedico aos amigos, pela colaboração, consideração e amizade.

“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem ou que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém”...
“... quem acredita sempre alcança”
(Renato Russo)


BRUNA VITALINO BORGES PEREIRA











DEDICATÓRIA


Dedico a toda minha família, pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos desta e de outras caminhadas. Ao meu esposo, Ailton, por sua paciência e todo seu carinho, sempre me apoiando. Aos meus filhos, Anna Cristhina e Ailton Carlos. À minha Mãe, pela confiança em mim depositada. E a todos os meus familiares e amigos. A minha amiga Maria Dagmar Peroti Bonassi, em memória, pela sua lealdade, dedicação e confiança em mim depositadas ao longo dessa caminhada.
Que não lhes faltem saúde e esperança, alegria e muita paz. Quero lhes agradecer pelas noites em vigília, pelas preces orvalhadas de lágrimas, pela dedicação plena. Surgem nos horizontes dias mais tranqüilos e noites mais calmas!

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. (Mário Quintana)


SEBASTIANA VANDA GONÇALVES MONTEIRO













DEDICATÓRIA


A um homem que nada se pode ensinar. Tudo o que se pode é ajudá-lo a se encontrar, dedico a “DEUS” em quem encontrei apoio e luz da sabedoria nos momentos mais difíceis e que me permitiram chegar com êxito ao final do curso.
Aos meus pais, Walter Ferreira e Lindalva Barcelos, pelo incentivo e total confiança em mim depositada, jamais encontrarei palavras que possa demonstrar tamanha gratidão.
Aos meus irmãos, Waldineia e Valtaides, pois cada um com sua maneira de expressar apoio, nunca deixaram de explanar carinho e segurança durante esta jornada.
Ao meu marido, Wilson Menezes, que sempre esteve presente me apoiando, com compreensão e paciência por ter dedicado parte de seu tempo ajudando-me na conclusão desta trajetória.
Aos meus amigos que contribuíram para realização deste momento, lhes agradeço com um muito obrigada.
“Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante”. (Charles Chaplin).


VALDINALVA BARCELOS MENEZES





















AGRADECIMENTOS


Agradecemos, primeiramente, a Deus, pela força que nos concedeu e a graça recebida de hoje poder estar aqui concluindo está jornada tão graciosa.
A nossas famílias que tanto nos incentivaram e fortaleceram nos momentos difíceis.
Agradecemos ao nosso orientador, professor e amigo de todas as horas, que nos acompanhou durante essa jornada Joel Marcos Spadoni.
A todos os professores da IESRIVER, especificamente do curso de enfermagem, que tanto contribuíram para o nosso crescimento profissional e pessoal.
A coordenadora de curso de enfermagem Carla Ribeiro, sempre prestativa e pronta para ajudar.
Aos colegas que contribuíram com sua amizade, o nosso muito obrigado.
Aos funcionários da IESRIVER, que tanto nos serviram principalmente, os da biblioteca.
























“É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
Que em conformidade viver...”


Martin Luther King
RESUMO


Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que teve como propósito descrever o estresse dos profissionais de enfermagem em consequências das condições de trabalho no âmbito hospitalar. A profissão de enfermagem, desde sua origem, está ligada às práticas de caridade, sendo que os primeiros a praticar cuidados a pessoas doentes eram ligados à igreja, ou leigos praticando a caridade, ou seja, motivo pelo qual foi denominado práticas sacerdotais. Esse conceito perdura até hoje e se explicita na concepção da profissão de enfermagem. Com o passar do tempo, o hospital deixou de ser um lugar para onde as pessoas eram levadas para esperar pela morte e se transformou em espaço de cura, a enfermagem deixa de ser apenas uma prática e passa a ser uma ciência. O estresse é uma patologia de natureza psíquica desencadeada por problemas emocionais, que pode ser manifestado de forma aguda ou crônica. O estresse agudo acontece quando o indivíduo tem contato com o agente estressor em eventos não esperados; o crônico surge quando o agente estressor é algo que o indivíduo já conhece e de alguma forma esperava por ele, porém, ao longo do tempo o indivíduo pode adaptar-se ou desenvolver outras formas de agir chegando a uma fase de exaustão que é quando o organismo já não apresenta defesas próprias, pode ser ordem física e emocional, podendo chegar à morte. Seria de grande importância se as instituições se preocupassem mais com a saúde do trabalhador, pois, quando estes possuem um ambiente laboral com condição apropriada para execução de suas tarefas a qualidade do serviço prestado será melhor. O estresse não gera problemas somente para o profissional, mas para todos os que convivem com ele, as consequências não são apenas de ordem emocional, mas podem atingir vários sistemas, o que agrava ainda mais a situação do indivíduo. As atividades do trabalho de enfermagem são desenvolvidas em sua maioria por mulheres; caracteriza-se como um trabalho árduo, pouco valorizado, em ambientes insalubres, muito estressantes, com sobrecargas de trabalho, jornadas duplas/triplas, salário incompatível com as necessidades humanas e ainda, com o pouco tempo que resta a esse profissional, realiza as tarefas domésticas, não tendo tempo para o lazer, nem para a própria saúde. Fica evidente que a enfermagem é uma profissão que exige dos profissionais, muita dedicação e que se faz indispensável cada vez mais, a procura pelo conhecimento.


Palavras chave: Enfermagem; estresse ocupacional; trabalhador de enfermagem.










LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


ABEN= Associação brasileira de enfermagem
AOC= Adaptação orgânica ao causador.
DAC= Doenças das artérias coronárias.
DCC= Doença cardíaca das coronárias.
DNA= Ácido desoxirribonucléico.
MMHG= Milímetro de mercúrio.
SAG= Síndrome da adaptação geral.
SNS= Sistema nervoso simpático.
































SUMÁRIO


INTRODUÇÃO........................................................................................................................11
1. A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL...................................................................12
1.1. AS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM DESENVOLVIDAS NO MUNDO AO LONGO DA HISTÓRIA ..............................................................................................................................17
1.1.1 AS PRÁTICAS DE SAÚDE INSTINTIVAS....................................................................17
1.1.2 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO-SACERDOTAIS.................................................18
1.1.3 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO ALVORECER DA CIÊNCIA........................................18
1.1.4 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO-MEDIEVAIS................................................19
1.1.5 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS-MONÁSTICAS..........................................................19
2. O ESTRESSE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM..................................................19
2.1 SINAIS E SINTOMAS DO ESTRESSE............................................................................23
2.2 FONTES ESTRESSSEROAS..........................................................................................24
2.3 MECANISMOS DO ESTRESSE......................................................................................26
2.4 RESPOSTA DE ALARME OU ESTRESSE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (SNS)......................................................................................................................................27
2.5 O ESTRESSE E SUAS CONSEQUÊNCIAS....................................................................28
2.5.1 DOENÇAS INFECCIOSAS............................................................................................28
2.5.2 ASMA............................................................................................................................29
2.5.3 HIPERTENSÃO ESSENCIAL.......................................................................................29
2.5.4 DOENÇA CARDÍACA DAS CORONÁRIAS..................................................................30
2.5.5 CÂNCER........................................................................................................................30
2.6 CONTROLE DO ESTRESSE...........................................................................................31
2.7 TERAPIAS ADAPTATIVAS AO ESTRESSE....................................................................33
CAPÍTULO III..........................................................................................................................35
3. AS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA ATUALIDADE.........................................................................................................................35
3.1. O PROCESSO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM...................40
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................44
REFERÊNCIAS......................................................................................................................46






INTRODUÇÃO


O estresse interfere diretamente na vida profissional e pessoal dos indivíduos. Hoje é praticamente impossível conviver numa jornada diária de trabalho no meio hospitalar sem pensar ou falar em estresse.
Este tema foi escolhido por apresentar importância relevante no que diz respeito à saúde do trabalhador, sua influência negativa nas ações executadas diariamente e no relacionamento interpessoal profissional e familiar.
De acordo com as situações vivenciadas durante o curso de enfermagem, experimentamos situações em que o trabalhador de enfermagem, no ambiente de trabalho, sofre com sobrecarga de tarefas, jornadas duplas/ou triplas, deslocando-se de suas residências, deixando seus familiares, tarefas domésticas, para servir à instituição. Cada vez mais os estudos demonstram que os profissionais de enfermagem são alvo do que chamamos de estresse ocupacional.
Este estudo será realizado com embasamento em revisão bibliográfica, análise de textos de diferentes autores com a intenção de obter maior conhecimento teórico a respeito do estresse e o impacto negativo que acarreta ao profissional de enfermagem, bem como para as pessoas que se relaciona profissionalmente e social com este indivíduo. Prejuízos podem ocorrer em vários aspectos como: moral, financeiro, social, profissional e familiar. Estes transtornos podem-se manifestar negativamente em diferente proporção uma vez que dependerá única e somente das condições psicológicas do indivíduo.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que teve como propósito descrever o estresse dos profissionais de enfermagem em consequências das condições de trabalho no âmbito hospitalar. Foram analisados artigos científicos a partir do ano de 2004 até 2009, além de livros do acervo da biblioteca da faculdade.







1.A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL


A história da enfermagem apresenta algumas características interessantes:
a) é formada em sua maioria pela classe feminina,
b) obteve seu espaço nas instituições hospitalares, gradativamente sendo que as práticas não eram realizadas a partir de conhecimento técnico-científico, mas sim de conhecimentos aleatórios que eram repassados de indivíduos a indivíduos, com o intuito de amenização do sofrimento das pessoas doentes, já que na época os doentes procuravam os hospitais para finalização do processo patológico. Nos dias atuais o conhecimento é técnico científico
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX. A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal (GEOVANINI et al., 2002; SCHERERA, SCHERERB, CARVALHO, 2006).
No Brasil teve início no século XIX, com a criação oficial do primeiro curso de enfermagem para enfermeiros e enfermeiras pelo Hospício Nacional de Alienados, com o objetivo de formar profissionais na área psiquiátrica. Nesse período dá se inicio à construção científica da profissão (BARREIRA, 2005; GEOVANINI et al., 2002).
Já no século XX, mais precisamente em 1916, é fundada a Escola Prática de Enfermeiros da Cruz Vermelha, para a qual foram selecionadas mulheres que possuíam curso de enfermagem ou que já estivessem prestando serviço de enfermagem nas instituições hospitalares, para ir à guerra cuidar dos feridos com a finalidade de servir a pátria (BARREIRA, 2005; GEOVANINI et al., 2002).
Nota-se que a enfermagem era formada na sua maioria por mulheres, que estavam em busca de seu reconhecimento pela sociedade, pois, antes eram vistas apenas como mulheres do lar e procriadoras. Ao prestar cuidados aos militares durante a guerra, conseguiram um maior reconhecimento pela sociedade. As mesmas mulheres voluntárias da guerra tentavam retirar da sociedade essa idéia de doméstica como suposta vocação natural da mulher no ponto de vista da sociedade (BARREIRA, 2005).
Em 1923 foi fundada a escola de enfermagem Anna Nery, baseada na adaptação americana do modelo Nightingaleano, que por sua vez introduziu no Brasil um novo modelo de enfermagem profissional, servindo de referência para as demais escolas, sendo que as profissionais formadas eram consideradas grupo de elite (padrão), de onde surgiu o termo enfermeira padrão. O modelo Nightingaleano era caracterizado pela divisão do trabalho de enfermagem, “ladies nurses” que ficavam com os conhecimentos técnico-científicos que coordenavam o serviço de enfermagem (atuais enfermeiras), e as nurses (atuais técnicos e auxiliares de enfermagem) que eram responsáveis pela execução das práticas manuais (BARREIRA, 2005; GEOVANINI et al., 2002).
Outro marco importante foi a fundação da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas, atual Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), em 1926, sob a penalidade jurídica que rege enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e estudantes dos cursos de graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se associam, individual e livremente, com a finalidade da legislação e educação de enfermagem do país (GEOVANINI et al., 2002).
Finalidades da ABEn na atualidade: congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes, promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do país, promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão (ABEn -NACIONAL, 2005).
Florence Nightingale é considerada uma das grandes responsáveis pela introdução da enfermagem moderna no Brasil e no mundo, pois ela se baseava nos princípios das necessidades básicas do ser humano como um ambiente limpo, sono e repouso, alimentação apropriada e higienização adequada para a manutenção da saúde do ser humano. Mesmo sem ter embasamento científico, compreendeu que por meio do cuidado direto ao paciente e suas evoluções, a sua saúde era restabelecida. Florence também serviu como um grande exemplo para as mulheres da sociedade continental, adotando a iniciativa de exercer uma profissão, pois naquela época somente a classe masculina ingressava no mercado de trabalho (PADILHA, MANCIA, 2005; GEOVANINI et al., 2002).
Nesta época, outra mulher que teve grande importância na história de enfermagem foi Anna Nery, sendo a pioneira da enfermagem no Brasil. Viúva aos 30 anos, não resistindo à separação da família, ofereceu-se a servir a Pátria, devido à convocação de seus dois filhos para a guerra, foi voluntária prestando serviço de enfermagem nos hospitais. A instituição educacional Anna Nery recebeu esse nome em homenagem a Enfermeira Anna Nery (GEOVANINI et al., 2002).
De acordo com Kruse (2006), no início do século XX o Brasil, assim como o restante da América Latina, passou por um processo de modernização e de urbanização das cidades. Isso se deu por causa do aumento do comércio internacional e das correntes imigratórias, o que levou a uma crescente cultura sócio-econômica do país. Este aumento populacional fez com que o governo se preocupasse com a elaboração de uma política sanitarista, pois houve um grande surgimento de doenças transmissíveis como a cólera, a febre amarela dentre outras, o que poderia prejudicar a economia exportadora do café. Foi necessário então, que o Brasil transformasse a saúde em uma questão nacional, implantando as políticas sanitaristas.
Com a enfermagem moderna, houve uma mudança nas práticas de saúde, o que era anteriormente serviços realizados por religiosos como forma de caridade, passa a ser enfermagem moderna e esses cuidados se modificam. Em relação às práticas de saúde na enfermagem assim relata Kruse (2006), baseando-se basicamente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico que desencadeia uma afinidade de causa e efeito para as doenças e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de informação sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano. Essa prática egocêntrica volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis inflexíveis.
Assim, Kruse (2006), definiu a enfermagem moderna essa expressão se adapta muito bem ao que quer expressar, pois, na Modernidade, começa a se produzir, peça por peça, uma determinada prática de cuidado dos corpos, e se profissionaliza, e vem a compor um dispositivo para o domínio da população.
Devido à modernização e urbanização das cidades, houve um aumento do comércio e dos imigrantes, vindo com eles várias doenças infecto-contagiosas. Foi necessário, então, que o Brasil transformasse a saúde em uma questão nacional. Os governantes viram a necessidade de implantar políticas sanitaristas no Brasil, essas políticas também incluíam a criação de novos hospitais. Com esse grande avanço de novas instituições de saúde, houve escassez de profissionais de saúde, principalmente da área de enfermagem. Devido à demanda da população, houve o aumento de regiões populacionais com um elevado número de favelas e cortiços, aliados à falta de estrutura urbana e péssimos serviços de saúde oferecidos à população, trazendo como consequência déficit na vida e saúde dos brasileiros (GEOVANINI et al. 2002; KRUSE, 2006).
A partir dessa época a enfermagem no Brasil passa a ter um novo modelo de divisão do seu trabalho, alcançando os princípios de supervisão, organização, divisões de tarefas o que na atualidade está propriamente subdividido entre as categorias “enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e atendente” (GEOVANINI et al., 2002).
Em meados dos anos 1960, foi criado o Instituto Nacional da Previdência Social o qual ofereceu vantagens para empresas privadas a fim de prestarem assistência médica aos seus empregados. Com essa evolução também houve uma maior expansão para a prática em enfermagem, em que os profissionais de nível superior passaram a ser absorvidos em maior quantidade pelo setor público enquanto o setor privado passou a contratar os auxiliares e operacionais. Com isso houve o aumento dos cursos para atendentes e auxiliares e posteriormente os técnicos de enfermagem. Neste momento surge a divisão entre o trabalho de enfermagem, sendo a profissão de nível superior e os técnicos e auxiliares inferiores à enfermagem, tendo uma divisão em nível de função, ou seja, para os enfermeiros, áreas administrativas e burocráticas da instituição, a função dos auxiliares cuidado direto ao cliente (GEOVANINI, et al., 2002).
A enfermeira teve lugar de destaque em campanhas nacionais em que tinham função de supervisão, organização, elaboração de normas e supervisão de grandes grupos de funcionários. Ela ocupou o seu espaço desde aquela época quando já tinha as suas funções diferenciadas do auxiliar e como possuía o cargo de chefia tinha as responsabilidades de organizar os serviços, chefiar e coordenar sua equipe
Nas décadas de 1970 e 1980, a enfermagem era baseada nas práticas de saúde curativistas, pois o atendimento em saúde acontecia somente nas instituições hospitalares e a saúde dos indivíduos internados já estava debilitada. A partir daí a saúde passa a assumir um novo rumo, o de prevenção e promoção da saúde, também denominada educação primária, a fim de garantir uma condição de vida adequada à população brasileira e evitar transtornos futuros devido às doenças.
Ainda de acordo com a linha de pensamento de Geovanini et al. (2002), foi na década de 1980 que ocorreram grandes avanços para a enfermagem, quando houve novas possibilidades da regulamentação dos exercícios profissionais, através da legislação no Brasil, com divisão das categorias e funções de enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem como também da parteira.
Na década de 1980, foi fundada a Ações Integradas de Saúde com o objetivo da universalização, descentralização e hierarquização dos serviços. Tratava-se de uma integração entre os governos federal, estaduais e municipais, buscando a melhoria da saúde da população em todos os níveis possíveis, mas por outro lado foi uma década de poucas evoluções devido às crises político-econômicas. Já na década de 1990, a enfermagem se dividia em duas partes, uma que se preocupava em se especializar devido às tecnologias hospitalares e outra que estava se preocupando em resgatar a saúde pública no Brasil, a qual estava debilitada devido ao aumento da crise social que o país enfrentava (GEOVANINI et al., 2002).
A enfermagem enxergava o homem como um ser que estava vulnerável ao seu ambiente de vida, e que o mesmo poderia influenciar a sua saúde. Nesta fase, a enfermagem já possuía uma visão mais ampla sobre a saúde do ser humano, não tinha aquele pensamento voltado somente para o curativista, de como cuidar das pessoas apenas quando estavam doentes, mas sim conseguiam interpretar que o ambiente ineficaz também estaria envolvido com o adoecimento do indivíduo (GEOVANINI et al., 2002).
Os indivíduos de classe superior tinham seus cuidados diferenciados das demais classes; eram tratados em suas próprias casas, já a classe inferior, por não ter esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e de experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe alta (COREN-SP, 2009).
A partir também dessa década surgiram as variadas especializações; as categorias auxiliares foram criadas; outras especialidades como os agentes de saúde e dos atendentes rurais, com o enfermeiro desenvolvendo o papel de treinar, coordenar e supervisionar estas equipes (GEOVANINI et al., 2002).
Com essa expansão também houve o aumento da produção científica em Enfermagem, pois foram criados centros de estudos para pesquisa na área que então passou a ter mais preocupação com a área científica, pois viam a necessidade de novos rumos e espaços para a abertura de especializações para a saúde. Os cursos de pós graduação que surgiram na década de 1940, que, apenas a partir de 1974, começaram a receber atenção especial (GEOVANINI et al., 2002).
Em 1994, o Ministério da Educação e do Desporto, através da Portaria 1721 (de 15 de dezembro de 1994), atende às perspectivas políticas da saúde voltadas à atenção primária, propôs mudança no chamado currículo mínimo de enfermagem, ressaltando a formação de um profissional "generalista", ou seja, profissional de enfermagem com visão holística para atuar nas áreas de assistência, gerência, ensino e pesquisa. Essa concepção implicava na capacidade técnico-científica e política decorrente de uma idéia crítica acerca do homem na sociedade, do processo saúde-doença, a partir de abordagem multidisciplinar e no saber próprio da enfermagem, com evidência nos aspectos administrativos desenvolvidos nos serviços de saúde (SCHERERA, SCHERERB, CARVALHO, 2006).


1.1 AS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM DESENVOLVIDAS NO MUNDO AO LONGO DA HISTÓRIA.


1.1.1 AS PRÁTICAS DE SAÚDE INSTINTIVAS


Caracteriza a prática de cuidar, que surgiu entre os grupos nômades primitivos. Nesta época a saúde consistia em ações que garantiam ao homem a preservação de sua existência. Estas práticas eram somadas ao trabalho feminino, com o passar dos anos, houve a percepção do homem primitivo com o cuidado pois é com ele que se adquiria a cura. Então se apoderou deste fato como forma de poder. A prática da enfermagem evidencia-se nesta época a partir do cuidado das mulheres para com a sociedade primitiva (GEOVANINI et al., 2002; COREN-SP, 2009).



1.1.2 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO-SACERDOTAIS


Nesta época há uma correlação entre as práticas religiosas e saúde primitiva, praticadas pelos sacerdotes nos templos, caracterizada como empirismo. Essas ações foram exercidas até o século V a.C., até o surgimento do pensamento filosófico. As práticas empíricas são mantidas por muitos séculos e o ensino era passado para outras pessoas. Nesta época não existia um conceito sobre o funcionamento do corpo humano, bem como o conhecimento em saúde. O ensino seguia as orientações da filosofia, os estudantes mantinham um estreito relacionamento com seu mestre, ou seja, seus educadores. As práticas de enfermagem, nesta época, estão relacionadas aos partos em domicílio, os quais eram realizados pelas mulheres de alta sociedade (GEOVANINI et al., 2002; COREN-SP, 2009).


1.1.3 AS PRÁTICAS DE SAÚDE NO ALVORECER DA CIÊNCIA


Teve início no século V a.C., e perdurou até os primeiros séculos da era cristã. Nesta época, a ciência baseava-se em causas e efeitos. As práticas de saúde que antes eram místicas e sacerdotais passam agora a se aprimorar em experiências no conhecimento da natureza e no raciocínio lógico. Baseava-se em investigação livre e nas observações dos fenômenos, limitada pela ausência quase que total de anatomofisiológico. Este período é considerado pela medicina grega como período hipocrático, quando foi proposta por Hipócrates uma nova concepção em saúde, desintegrando preceitos místicos e sacerdotais. Nesta época as práticas de enfermagem não apresentaram evolução (GEOVANINI et al., 2002; COREN-SP, 2009).





1.1.4 AS PRÁTICAS DE SAÚDE MONÁSTICO-MEDIEVAIS


Estas práticas sofreram a influência dos fatores sócio-econômicos e políticos da sociedade medieval e feudal, e suas relações com o Cristianismo. Houve o surgimento da enfermagem como prática leiga, realizada pelas religiosas, compreendendo o período entre os séculos V e XIII. Foi neste período que surgiram os atributos característicos da enfermagem, como a abnegação, o espírito de serviço, dentre outros que, posteriormente, foram aceitos pela sociedade (GEOVANINI et al., 2002; COREN-SP, 2009).


1.1.5 AS PRÁTICAS DE SAÚDE PÓS-MONÁSTICAS


Nesta época houve a evolução das ações em saúde. Período que marca o final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência nesta época não trouxe avanço para enfermagem, devido às consequências trazidas aos doentes que ficavam internados em hospitais religiosos, nos quais os ambientes eram de péssimas condições, e os doentes ficavam aglomerados. A enfermagem era considerada um serviço doméstico e escravo, portanto sem atração para as mulheres de alta classe social. Foi uma fase de grave crise para a profissão de enfermagem. A classe religiosa teve atuação de grande importância na história da enfermagem, pois teve a iniciativa de tentar melhorar as condições do pessoal de enfermagem e dos seus serviços.


2. ESTRESSE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM


A sociedade atual tem vivido de uma maneira estressante, uma vez que a sua rotina tem se tornado repetitiva e enfadonha. O trânsito congestionado, a dupla ou tripla jornada de trabalho, as demandas familiares e a luta pela subsistência são fatores que promovem e alimentam o estresse no homem. A palavra estresse tornou-se de uso mais freqüente e muito difundida nos meios de comunicação. Utiliza-se dela como sendo a causa ou explicação para inúmeros acontecimentos da vida moderna. A generalização na utilização do termo sem profundas reflexões é uma forma de simplificar o problema e ocultar os reais significados de suas implicações para a vida humana como um todo. A palavra estresse é empregada como sinônimo de cansaço, dificuldade, frustração, ansiedade, desamparo, desmotivação. Hoje o estresse é considerado responsável pela maioria dos males que afligem os indivíduos estando relacionado ao estilo urbano (MUROFUSE, ABRANCHES, NAPOLEÃO, 2005).
O termo estresse foi utilizado na medicina pela primeira vez pelo médico endocrinologista Hans Selye em 1916. Ele observou que muitas pessoas sofriam de doenças físicas e reclamavam de sintomas comuns. Tais observações o levaram a investigações científicas em laboratório, com animais (CAMELO, AMGERAMI, 2004; FERREIRA, MARTINO, 2009).
Após longo período de pesquisa, baseando nos princípios da fisiologia, Selye definiu o estresse como sendo um estado demonstrado por uma síndrome específica, constituída das alterações produzidas no sistema biológico, descrevendo-o em duas etapas: Síndrome de Adaptação Geral (SAG) definida como um conjunto de respostas não específicas de defesa e de Adaptação Orgânica ao Causador, dividindo-se em três etapas (FERREIRA, MARTINO 2009).
Lipp (2009), diz que estresse é a manifestação por estado máximo de prontidão do organismo perante de alguma situação.
Embora Selye tenha divido a SAG em três etapas, estudo recente realizado desenvolvido por uma pesquisadora brasileira Marilda Emmanuel Novaes Lipp, identificou-se uma quarta fase, que se desenvolve entre a fase de resistência e a de exaustão, denominada de quase exaustão (FERREIRA, MARTINO, 2009 apud LIPP, 2000). Descrevem-se assim as etapas:
a) A fase de alarme é considerada a resposta inicial do organismo ante o estressor, quando é desencadeada uma série de reações fisiológicas para a sobrevivência, dentre elas o aumento da pressão arterial e a tensão muscular, dentre outras. A fase de alerta é considerada positiva. Ela se caracteriza pela produção de adrenalina pela glândula supra-renal, uma elevação no nível de atenção e velocidade na articulação de pensamentos, além do aumento na motivação e disponibilidade para envolver-se em novos projetos. Se o indivíduo superar o agente estressor, retornará à homeostase, caso isso não ocorra, evoluirá para segunda fase.
b) A fase da resistência acontece quando há a persistência do estressor, predominando a reação passiva pela adaptação, porém, alguns sintomas da fase de alarme desaparecem. Entre sintomas desta fase estão à hipertensão arterial, o isolamento social e os problemas de memória e atenção (diminui a concentração), surgindo assim a fase de quase-exaustão.
c) A quase-exaustão ocorre quando a glândula supra-renal interrompe a produção de adrenalina e passa a excretar cortisol, iniciando o processo de enfraquecimento do organismo em resistir ou adaptar-se ao estressor, podendo surgir doenças, mas ainda não tão grave quanto na fase de exaustão.
d) A exaustão evidencia-se pela impossibilidade de resistência ou adaptação ao estressor, não sendo capaz de eliminá-lo, os sinais da fase de alarme surgem mais acentuados, tornando o organismo suscetível ao surgimento de patologias orgânicas e psíquicas, sendo que se o estressor permanece atuando, por um fracasso adaptativo, pode levar à morte. Nesta fase são observadas patologias como: doenças cardíacas, auto-imunes, Síndrome de Burnout, depressão, dentre outras. O estresse crônico contribui para uma pobre qualidade de vida e aumento do risco de diversas doenças (MALAGRIS, FIORITO, 2006; LIPP, 2009; FERREIRA, MANTINO, 2009).
Estatísticas mostram que 35% das pessoas estressadas atingem a fase de resistência, 7%, chegam à quase-exaustão, e que 1% chegará à fase de exaustão (LIPP, 2009). Cada etapa do estresse apresenta características próprias, porém, alguns sintomas são comuns: mãos suadas, suor frio, respiração acelerada, taquicardia, acidez no estômago, falta de apetite, cefaléia, vômitos, medo incomum e agressividade (LIPP, 2009).
O estresse humano é verificado por um conjunto de reações físicas, psicológicas e sociais de adaptação do indivíduo diante de um estímulo (situação) que lhe provoque excitação ou sensação forte, tanto de ordem positiva quanto negativa. O estresse pode ocorrer de duas formas, aguda (intenso e rápido), ou crônica (intensidade leve por períodos prolongados) e os recursos utilizados pelo indivíduo para enfrentá-lo são escassos (APÓSTOLO, MENDES, ZAIDA, 2006; SANTOS, ALVES JUNIOR, 2007; CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
Seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou longa duração podem levar a um desequilíbrio no organismo (APÓSTOLO, MENDES, ZAIDA, 2006). Havendo um desgaste anormal do corpo, ocasionado pela incapacidade de o indivíduo tolerar, superar ou se adaptar às exigências da natureza psíquica existentes no seu ambiente (GUERRER, BIANCHI, 2008).
Pode ser observado em todas as faixas etárias e geralmente está relacionado ao estilo de vida do indivíduo. Pode ser causado devido à mudança brusca no estilo de vida e exposição a um determinado ambiente que leva a pessoa a sentir determinado tipo de angústia.
O estresse no trabalho é resultante da interação entre muitas demandas psicológicas, menor controle do processo de trabalho e menor apoio de colaboradores e chefes no ambiente laboral. O estresse está presente no cotidiano, da pessoa resultando de inúmeros fatores relacionados ao tipo de ambiente, complexidade das relações humanas e de trabalho, autonomia profissional, grau elevado de exigências quanto às competências e habilidades, alta responsabilidade, planejamento adequado de recursos humanos e materiais, entre outros (MALAGRIS, FIORITO, 2006; SCHMIDT et al., 2009).
O trabalho exerce uma notável influência sobre o comportamento humano. O estresse ocupacional é determinado pela percepção que o trabalhador tem das demandas existentes no ambiente de trabalho e por sua habilidade para enfrentá-las (CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
Segundo Batista, Bianchi (2006), as maiores causas de estresse estão associadas às condições de trabalho dos profissionais enfermeiros, tais como a escassez de recursos humanos e materiais, o cumprimento por parte do enfermeiro de diversas atividades burocráticas e o tempo mínimo para a realização da assistência. Ainda de acordo com Batista, Bianchi (2006), dados da Organização Mundial de Saúde afirmam que 90% da população mundial são afetadas pelo estresse, tomando aspectos de uma epidemia global.
Horários de trabalhos fracionados predispõem o profissional de enfermagem ao estresse. Constata-se que a maioria dos profissionais da área da enfermagem está insatisfeita com o rodízio de horários e que isso implica de forma negativa o relacionamento familiar, social, lazer e descanso (sono). Estes demonstram apresentar dificuldade para dormir, ou não tendo sono de boa qualidade. Os profissionais de enfermagem, no âmbito das três categorias realizam ou cumprem carga horária semanal superior a 50 horas por motivo de baixos salários, com a intenção de melhorar a qualidade de vida dos familiares, eles se submetem a mais de um vínculo empregatício resultando em carga mensal longa, desgastante e penosa. Assim, se esquecem de cuidados para com sua própria saúde (MUROFUSE, ABRANCHES, NAPOLEÃO, 2005; MONTANHOLI, TAVARES, OLIVEIRA, 2006).


2.1 SINAIS E SINTOMAS DO ESTRESSE


O estresse pode manifestar reações de variadas formas frente ao agente estressor no indivíduo. De acordo com a história evolutiva do homem, as reações de estresse foram desenvolvidas como respostas emergenciais com o fim de preparar o indivíduo para “lutar ou fugir” de alguma ameaça. O grau de estresse não está apenas relacionado à situação de causadora do estresse, mas também à percepção que o indivíduo tem daquela situação e como reage a ela. Digamos que o indivíduo já espera que aquela situação vá ocorrer, ele reage então de forma menos estressada. Situações em que o indivíduo tem algum controle geralmente são vistas como menos estressoras do que as que não têm controle algum e a forma com se enfrenta a situação. Frente a isto, defende-se que é preciso estudar não só o estímulo estressor e a resposta, mas também a maneira pela qual a pessoa avalia e enfrenta este estímulo, levando em consideração as características individuais e o tipo de ambiente no qual esta pessoa está (CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008; SANTOS, ALVES JUNIOR, 2007).
Podem-se observar sintomas específicos dos órgãos afetados e da doença que nele se instalar, podendo ocorrer enfarto, úlceras, psoríase, depressão e outros, ou até a morte em casos mais graves (LIPP, 2009).
Os sinais e sintomas que ocorrem com maior frequência são os do nível físico como: aumento da sudorese, dor epigástrica, tensão muscular, taquicardia, hipertensão arterial, aperto da mandíbula, ranger de dentes, hiperatividade, mãos e pés frios, náuseas. Entre os sintomas psicológicos estão ansiedade, tensão, angústia, insônias, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva, dificuldade de concentração em outros assuntos que não esteja relacionado ao estressor, dificuldade de relaxar, fúria e hipersensibilidade emotiva (choros) (PAFARO, MARTINO, 2004).
O alto nível de estresse continuamente, além da possibilidade de desencadear doenças físicas, pode gerar um quadro de esgotamento emocional, caracterizado por sentimentos negativos, como pessimismos, atitudes desfavoráveis em relação ao trabalho, mudança de comportamento com os colegas ignorando novas informações, tornando-se insubordinado e resolvendo os problemas de forma superficial. Os distúrbios de conduta podem resultar em atitude de retração e ausência de contatos sociais ou ainda em irritabilidade, com perda de controle emocional, gerando prejuízos nos relacionamentos profissionais ou familiar e também gerando relações tensas e conflituosas afetando tanto as áreas afetivas e sociais como a saúde, com somatização e doença, diminuindo a qualidade de vida (FERREIRA, MARTINO, 2009).


2.2 FONTES ESTRESSORAS


Fica evidente que o estresse precisa ser mais bem esclarecido, pois estudos ressaltam que o enfermeiro praticamente desconhece as situações estressantes que enfrentam todos os dias e a ação negativa a quais estão expostos, sendo isto um agravo à problemática, pois, é de extremo valor que o profissional conheça o significado do estresse e suas causas, para que possa enfrentar com mais segurança tornando assim mais fácil a reabilitação deste indivíduo, ou seja, o restabelecimento da homeostase (CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
Faz-se interessante notar que nos momentos de estresse e nos quais a tensão está ainda dentro da habilidade de a pessoa absorvê-lo, coincidem com picos de produtividade no ser humano. Se, no entanto, o estresse passa dos limites de resistência da pessoa, aí a produtividade decai gradualmente até que o déficit seja significativo. É de fundamental importância que se identifique a fonte estressora para que estratégias possam surgir com intuito de amenizar ou mesmo eliminá-las, visando uma melhor qualidade de vida para estes profissionais no que diz respeito ao trabalho e relacionamento interpessoal com os colegas de trabalho, familiares e convívio social (MONTAHOLI, TAVARES, OLIVEIRA, 2006; CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
Segundo Murofuse, Abranches, Napoleão (2005), os elementos estressores são comuns entre os profissionais de enfermagem, independentemente da ocupação que exerçam, e refletem a cultura das causas e consequências que estes ocasionam no exercício da profissão, o que sugere novos desafios.
Dentro da instituição hospitalar existem vários fatores ou situações sugestivas que predispõem o trabalhador ao estresse, dentre elas podemos citar: a hierarquia e o relacionamento interpessoal, que definem as relações de poder das instituições (MURTA, TRÓCCOLI, 2004; KIRCHOFF et al. 2009).
Em relação à hierarquia, citam-se os profissionais que estão subordinados aos superiores e que não tem voz ativa para tomada de decisão, divergências de valores éticos e morais que surgem entre os profissionais de enfermagem e gerentes administrativos. De um lado, os conhecimentos técnicocientíficos integrados a pratica do cuidado e de outro, os administradores que visam principalmente economia e aumento de lucros, gerando um ambiente tenso e sugestivo ao estresse (CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
Em relação ao relacionamento interpessoal, é entendido como as pessoas se relacionam. O hospital é um local de trabalho como outro, no qual convivem várias pessoas, de diversas culturas, com crenças e valores diferenciados, isso gera conflitos entre eles causando dificuldade de relacionamento (KIRCHOFF et al. 2009).
Na visão de Murofuse, Abranches, Napoleão (2005), os salários são insuficientes para suprir as necessidades financeiras e manutenção de um padrão social, fazendo com que o trabalhador estabeleça para si um ritmo rigoroso de atividades envolvendo os vínculos empregatícios e a vida doméstica, desta forma, propiciando o estresse. Todos esses fatores em conjunto acabam levando à desvalorização do trabalhador de enfermagem, gerando sentimento de inutilidade, contribuindo assim para a sua baixa estima. O profissional de enfermagem pode vivenciar um quadro de estresse que o deixará mais vulnerável a apresentar distúrbios relacionados ao seu bem-estar e à sua saúde (MONTANHOLI, TAVARES, OLIVEIRA, 2006).


2.3 MECANISMOS DO ESTRESSE


Entende-se como mecanismo do estresse a forma com que o organismo recebe a informação do estressor e determina a reação ao estímulo, ou seja, a resposta dada do organismo após o evento ocorrido.
Qualquer situação geradora de estresse causa desequilíbrio no estado emocional interno e leva a uma descompensação da homeostase interna (LIMA, AMAZONAS, MOTTA, 2007; LIPP, PEREIRA, SADIR, 2005)
O que passa a exigir alguma adaptação. Existem situações e eventos intrinsecamente estressantes como o frio, a fome e a dor, estes não dependem diretamente da interpretação e atuam automaticamente no desenvolvimento do estresse. Os estressores psicossociais adquirem capacidade de estressar uma pessoa de acordo com sua história de vida (LIPP, PEREIRA, SADIR, 2005 apud LIPP 2004).
Para que o estímulo haja como estressor precisa primeiro ser percebido por um dos receptores do sistema nervoso periférico. Após as mensagens serem recebidas, são levadas até o sistema sensorial do cérebro. Quando esta chega ao sistema nervoso central e o neocortex, os eventos percebidos no meio ambiente são integrados com o estado emocional codificado no sistema límbico e no meio hipotálamo. Assim como determina ações como boa, má, amedrontadora, assustadora entre outros, dependerá do valor da interpretação dos órgãos que o sistema límbico classifica este evento. A interpretação dos órgãos sensoriais acontece de acordo com a história do indivíduo, juntamente com seus valores e crenças. Desenvolvendo assim uma reação do indivíduo ao agente estressor, a interpretação dada a qualquer evento é de fundamental importância na gênese da reação do estresse (LIPP, PEREIRA, SADIR 2005, apud MALAGRIS, 2003; RANGÉ, 2003; LIPP, 2009).


2.4 RESPOSTA DE ALARME OU ESTRESSE DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (SNS)


Segundo Guyton, Hall (2002, p.657), em situações de estresse, o sistema nervoso simpático realiza uma descarga simultânea como uma unidade completa; esse evento é chamado de descarga em massa. Isso ocorre quando o hipotálamo é ativado por situações de estresse, e o resultado é manifestado quando o organismo reage com várias manifestações; esse evento é chamado de resposta de alarme ou resposta ao estresse. Quando ocorre a descarga em massa há um aumento da capacidade do corpo em desempenhar atividade muscular vigorosa. Ocorre o aumento da pressão arterial, aumento do fluxo sanguíneo para os músculos ativos concomitante com a diminuição do fluxo sanguíneo para órgãos tais como o trato intestinal e para os rins, que não são necessários para a rápida atividade motora, aumento do metabolismo celular em todo o corpo, aumento da concentração de glicose no sangue, aumento da glicólise no fígado e no músculo, aumento da força muscular, aumento da atividade mental e aumento da velocidade de coagulação do sangue. A somatória de todos esses eventos faz com que o organismo apresente uma atividade física de forma mais extenuante. Normalmente é o estresse mental ou físico que estimula o sistema nervoso simpático (SNS), o objetivo desse sistema é fornecer estimulação extra ao corpo em situação de estresse, chamado de resposta simpática ao estresse (GUYTON & HALL, 2002, p. 657).
O sistema simpático é fortemente ativado em diversos estados emocionais. Na maioria das vezes é desencadeado pela estimulação do hipotálamo; sinais são transmitidos para baixo pela formação reticular do tronco cerebral para a medula espinhal produzindo a descarga maciça, que iniciam imediatamente as manifestações simpáticas da resposta de alarme. É nesse momento que ocorre a reação de luta ou fuga, o indivíduo tem que decidir instantaneamente se luta ou se foge (GUYTON & HALL, 2002, p. 657).





2.5 O ESTRESSE E SUAS CONSEQUÊNCIAS


Muito se fala em estresse, mas pouco se conhece sobre suas manifestações e como ajudar o indivíduo em momentos críticos, e os reais problemas que eles podem desencadear nos indivíduos. Para que se possa entender melhor esse processo, a seguir serão descritas algumas das patologias que pode ser manifestada durante o processo de desencadeamento do estresse.
Para Davidoff (2001, p. 402), as repostas autônomas e hormonais do estresse não só são inúteis, na maioria das vezes, mas também prejudiciais. O termo doença psicossomática refere-se a distúrbios resultantes de respostas físicas (somáticas) do animal à tensão; é uma condição fisiológica. Jamais devemos entender que as doenças psicossomáticas sejam imaginárias. São distúrbios reais que causam prejuízos reais ao tecido, são sofrimentos reais. Pessoas pode até morrer devido à gravidade desencadeada por esses tipos de problemas.


2.5.1 DOENÇAS INFECCIOSAS


Algumas doenças são bastante comuns em nosso meio como: herpes, tuberculose, mononucleose, dentre outras. Algumas doenças apresentam diferentes formas de resistência e isso se deve à presença do estresse (JEMME & LOCKE, 1984 apud DAVIDOFF, 2001, p.402 a 403). Quanto maior for a intensidade do estresse, maior será a incidência de doenças infecciosas. Isso se deve a respostas hormonais que por sua vez suprimem algumas funções imunológicas, deixando os indivíduos suscetíveis aos patógenos causadores das doenças infecciosas. A depressão imunológica pode permanecer por no mínimo 2 (dois) meses em caso de persistência do estresse (ex. morte do conjugue).





2.5.2 ASMA


A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que provoca a hiper-responsividade dessas vias, edema da mucosa e produção de muco. Essa inflamação desencadeia recorrentes crises com sintomas de asma como: tosse, opressão torácica, sibilos e dispnéia (SMELTZER, BARE, 2005, p. 620 a 621). As crises podem variar de branda a grave, a respiração fica prejudicada devido um estreitamento das passagens de ar, ou pela formação de muco nos brônquios, ou por ambos. Por se sentirem extremamente amedrontados pelo fato de não conseguir respirar tornam se extremamente temerosos às crises.
A asma não tem uma causa única definida. Um histórico de doenças respiratórias pode precipitar o aparecimento de seu desenvolvimento. As crises podem ser desencadeadas por infecções, alergias, exercício, exposição a temperaturas frias e outros fatores físicos. Estima-se que cerca de 70% dos casos tem influências psicológicas (REES, 1964 apud DAVIDOFF, 2001). Crises podem ser desencadeadas após a pessoa ver uma rosa de plástico ou mesmo após ver alguém de que não gosta, são sintomas verdadeiros (DAVIDOFF, 2001, p. 402 a 403).


2.5.3 HIPERTENSÃO ESSENCIAL


A definição de hipertensão essencial se dá por não apresentar uma causa definida na sua manifestação, diferenciando assim da hipertensão arterial sistêmica (DAVIDOFF, 2001).
A hipertensão é uma pressão arterial sistólica superior a 140 mmHg e uma pressão diastólica maior que 90 mmHg durante período sustentado, com base na média de duas ou mais mensurações da pressão arterial obtidas em dois ou mais contatos com o profissional de saúde depois de uma triagem inicial ( SMELTZER, BARE, 2005, p. 905). A hipertensão essencial (pressão alta) é um distúrbio perigoso à vida, e que acomete em torno de 15 a 30% dos americanos adultos. A doença não apresenta sintomas dolorosos, por isso chega a ser ignorada por 50% das vítimas (MEYER et. al. 1985 apud DAVIDOFF, 2001, p. 403). A hipertensão essencial acomete 85% dos indivíduos portadores de hipertensão com causas desconhecidas, apresentam padrões fisiológicos diversificados. Situações ao estresse exercem um papel importante na elevação da pressão sanguínea (DAVIDOFF, 2001, p. 404 apud OBRIST, 1983). Este fato está relacionado à excitação do sistema nervoso central simpático e leva os rins a reter sódio. Este interfere e prejudica a regulação da pressão sanguínea. Esse evento tem sua ação intensificada em indivíduos com pré-disposição à hipertensão quando exposto ao estresse contínuo (DAVIDOFF, 2001).


2.5.4 DOENÇA CARDÍACA DAS CORONÁRIAS


A doença da artéria coronária (DAC) é o tipo mais prevalente de doença cardiovascular, constituindo-se num acúmulo anormal de substâncias lipídicas, ou gordurosas e de tecido fibroso, na parede vascular, assim causando obstrução total ou parcial de uma ou mais coronárias (SMELTZER, BARE, 2005, p.753). Os estressores e as pressões do dia a dia são contribuintes da DCC. A exacerbação dos agentes estressores em determinados indivíduos é o que traz maiores consequências e são características próprias desses indivíduos. O sistema nervoso simpático é exageradamente excitado.
Variáveis psicológicas e estresse emocional são fatores importantes na determinação da magnitude da reatividade cardiovascular que ocorre em contatos sociais estressantes de pessoas hipertensas leves (LIPP, FRARE, SANTOS, 2007).


2.5.5 CÂNCER


O câncer é um processo patológico que inicia com uma célula anormal, que é transformada por mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a se proliferar de maneira anormal de forma desordenada, invadindo tecidos circunvizinhos (SMELTZER, BARE, 2005, p. 337). O câncer tem sua causa própria, mas parece depender de duas condições: uma predisposição genética combinada com um fator irritante dando início ao crescimento de células anormais, e os hábitos de vida (exposição a radiações, luz solar, agentes infecciosos, tabagismo, dietas ricas em gorduras, uso de álcool). A segunda são exposições a situações de estresse em que hormônios e transmissores são acionados sendo capazes de modificar a deflagração, crescimento e disseminação de certos tipos de câncer. Estudos em camundongos mostram que 92% dos animais expostos a situações de estresse desenvolveram câncer (DAVIDOFF, 2001, p. 406 apud MAYER et al., 1985). A relação entre estresse e câncer está ligada ao sistema imunológico em que a ansiedade parece desenvolver efeitos supressivos sobre o sistema imunológico. Com as defesas do organismo deprimidas este não encontra forças para lutar contra os invasores (DAVIDOFF, 2001, p. 406).


2.6 CONTROLE DO ESTRESSE


Após conhecimentos e identificação das perdas humanas e econômicas, associadas ao estresse ocupacional, torna-se necessária a adoção de medidas para prevenção ou controle. Programas do manejo do estresse ocupacional apresentam enfoques diferentes, sendo possível direcioná-lo ao sistema organizacional de trabalho ou no trabalhador.
Intervenções direcionadas ao sistema organizacional são voltadas para modificação dos agentes estressores no ambiente de trabalho, podendo incluir mudanças na estrutura organizacional, treinamento e desenvolvimento, participação nas tomadas de decisão e autonomia do trabalho e relações interpessoais no trabalho. Medidas profiláticas do estresse, direcionadas, ao indivíduo visam diminuir o impacto dos estressores já existentes, por meio de desenvolvimento de um planejamento e implementação de estratégias de enfrentamento individuais. As ações do ambiente de trabalho produzem resultados mais rápidos e eficientes na promoção da saúde (MURTA, TRÓCOLLI, 2004).
As intervenções direcionadas ao trabalhador contribuem para prevenção de doenças, por isso é uma importante ferramenta utilizada em programas multidisciplinares na promoção de saúde e no trabalho. A avaliação desses planejamentos e intervenções tem que ser verificada para se conhecerem a eficácia e possíveis moldagens dessas ações. Julga-se tão importante quanto a implantações dos programas. Dentre as metas avaliadas, podemos citar: conseqüências organizacionais como absenteísmo, rotatividade e acidentes de trabalho; consequências individuais como qualidade de vida, ansiedade, depressão, queixas somáticas e pressão arterial (MUTRA, TRÓCOLLI, 2004 apud HURREL & MURPHY, 1996).
Por isso é necessário que os gestores percebam a importância que tem a capacitação dos trabalhadores dos serviços de saúde quanto aos sinais e sintomas das manifestações mínimas dos distúrbios psíquicos, e que considerem a importância da situação de trabalho como um dos fatores determinantes no processo de saúde/doença. Para tanto é necessário que se desenvolvam ações interinstitucionais e multidisciplinares saúde mental e trabalho, além da participação de uma gestão organizacional planejada e participativa, promovendo mudanças no ambiente laboral. Entre as medidas de promoção à saúde do trabalhador é importante que o foco de atenção para inclusão de medidas profiláticas se dê início antes de sua formação profissional, ou seja, nos cursos profissionalizantes e de formação acadêmica.
Nos momentos livres devem-se desenvolver atividades coletivas com a equipe de enfermagem, atividades de lazer, como meio de reeducação, de restauração física, mental, social e espiritual, e como forma de distração, motivação e alívio do estresse, com o objetivo de diminuir o estresse, promovendo assim a saúde dos profissionais de enfermagem, melhorando assim a qualidade da assistência prestada pelos mesmos (ARAÚJO et al. 2008).
De acordo com CecagnoA, CecagnoB, Siqueira (2005), inspirar pessoas no trabalho em grupo ou individual garante a conquista de melhores resultados à equipe. Para tanto é preciso identificar previamente os fatores pessoais de motivação.
Todavia, acreditamos que quanto mais motivado o cliente estiver, maior será seu compromisso com a instituição e maior será sua produtividade, pois apresentará melhor desempenho (CECAGNOA, CECAGNOB, SIQUEIRA, 2005).
O processo de humanização no trabalho da enfermagem é uma questão a ser refletida, pois a maioria dos profissionais enfrenta situações difíceis em seu ambiente de trabalho (AMESTOY, SCHWARTZ, THOFEHRN, 2006).
Na humanização da assistência de enfermagem, que já evidencia suas mudanças, adiciona-se a preocupação com o sujeito enquanto paciente, bem como determinadas considerações sobre a equipe de enfermagem, destacando a integração e motivação entre seus membros, na qualidade do atendimento prestado, o respaldo técnico-científico das ações implementadas, as boas condições de trabalho, a agilidade na comunicação interpessoal e a conexão com toda a equipe hospitalar. Reforça-se que só através da humanização da equipe de enfermagem é que alcançaremos a humanização da assistência e, portanto, o cuidado biopsicossocial (OLIVEIRA, KRUSE, 2006).


2.7 TERAPIAS ADAPTATIVAS AO ESTRESSE


As teorias adaptativas podem ser utilizadas como estratégias de ajuste em situações de estresse. São estratégias adaptativas que protegem o indivíduo de danos ou fortalecem a capacidade do mesmo em enfrentar situações desafiadoras. As respostas adaptativas ajudam a manter o corpo em equilíbrio, impedindo assim as doenças de adaptação. São consideradas não adaptativas quando o conflito sofrido pelo indivíduo não é resolvido ou se intensifica. O gerenciamento do estresse feito pelo indivíduo com a utilização de vários métodos pelas pessoas para reduzir a tensão e outras respostas mal adaptadas ao estresse em suas vidas (TOWNSEND, 2000). O profissional precisa ter o reconhecimento de seus limites físicos e psíquicos, quanto à de sua condição de cuidador de seus limites como ser humano mantendo assim o equilíbrio de sua saúde. Isso pode ser estimulado através de participações da equipe em técnicas de motivação dos profissionais, comunicação, cultivando a relação de maior companheirismo entre a equipe de profissionais, com isso eles estarão possuindo liberdade de ser, pensar, agir, divergir e analisar determinada situação (BACKES, LUNARDI, LUNARDI FILHO, 2006).
Segundo Townsend (2000), algumas estratégias podem ser realizadas pelo profissional de enfermagem para enfrentar situações do estresse e conseguir o equilíbrio entre mente e corpo, evitando, assim, as doenças de adaptação ocasionadas pelos fatores do estresse. Dentre elas, podem ser citadas:
a) Uso da consciência: trata-se do primeiro passo para o controle do estresse. Define-se pelo reconhecimento do estresse vivenciado pelo indivíduo, podendo assim reconhecer os fatores estressantes evitando ou aceitando os mesmos, de modo que não influenciem na sua saúde psicofisiológica
b) O relaxamento: pode ser feito de maneiras diferentes de acordo com o nível de bem-estar que tal prática proporciona ao indivíduo, podem ser realizadas atividades motoras, esportes, corridas ou exercícios respiratórios e de relaxamento para aliviar o estresse.
c) A meditação: também pode ser outro método de grande valia para os profissionais de saúde. Praticada com duração de vinte minutos durante uma ou duas vezes na semana. Sua ação produz eficácia na hipertensão arterial e outros sintomas relacionados ao estresse (TOWNSEND, 2000 apud WALLIS, 1993). Durante a técnica de meditação, o indivíduo assume uma posição confortável, fechando os olhos, deixando de lado os outros pensamentos e concentrando-se em uma única palavra, som ou expressão que tenha significado positivo para ele (TOWSEND, 2000).
d) A comunicação interpessoal com familiares: contribui para adaptação do ajuste ao estresse, pois o simples fato de falar, expressar seus problemas faz com que o indivíduo interrompa o agravamento da resposta ao estresse. Uma estratégia de grande eficácia é analisar a situação de forma clara e objetiva, se não for possível essa análise interior é possível que o indivíduo procure outra pessoa, para ajudá-la a avaliar os fatos da situação, procurando assim, resolver a frustração, promovendo o controle de sua situação de vida (TOWNSEND, 2000).
e) A música: pode ser eficaz para alguns indivíduos, pois ela estimula a motivação, o prazer, o relaxamento. Assim comprovou (TOWNSEND, 2000, apud FEDER & FEDER, 1981): a música ocasiona alterações mensuráveis no humor e na atividade geral do indivíduo.
f) A massagem: e benéfica tanto para o controle do estresse como também traz benefícios para ansiedade, dores crônicas nas costas e no pescoço, cefaleias intensas, espasmos musculares, insônia, enfim, atua contra diversos distúrbios. A massagem trata-se de uma técnica de manipulação dos músculos e tecidos moles do corpo. Existem varias técnicas de massagem. Townsend (2000), apud Guinness (1993) assim definiu uma das técnicas, a massagem sueca, sendo a mais conhecida no continente ocidental: são realizados movimentos deslizantes e de amassar, juntamente com movimentos circulares profundos e vibrações, para relaxar os músculos, melhora da circulação sanguínea e aumentar a mobilidade. Devido à importância de trazer conhecimento ao profissional de enfermagem para amenizar ou até mesmo eliminar as frustrações devido ao estresse ressaltará mais técnicas de adaptação adiante. Outra técnica desenvolvida na Índia, há séculos, é a Ioga, tendo comprovação de sua eficácia no alívio do estresse e bem-estar físico e psicológico geral. A respiração correta é um dos seus componentes mais importantes: trata-se de uma respiração profunda e diafragmática, elevando os níveis de oxigênio do cérebro e dos tecidos corporais, proporcionando o alívio do estresse e a fadiga, conseguindo aumentar a energia corporal. Outro componente importante da Ioga e a meditação devido à grande capacidade de relaxamento da mente e do corpo (TOWNSEND, 2000).
g) Terapia com animais de estimação: Se o profissional gostar de animais de estimação, ele poderá possuir algum animal em seu lar como forma de companhia e distração. Evidencias comprovam que ter um animal de estimação diminui os efeitos da solidão e do isolamento social. Assim descreveu Townsend (2000), os animais oferecem amor e carinho incondicionalmente sem restrições, o que pode ser o antídoto perfeito para um humor deprimido ou uma situação estressante.


3 AS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM NA ATUALIDADE.


A característica dos trabalhadores de enfermagem hoje difere pouco de quando surgiu a profissão, tendo em vista que os profissionais atuais desenvolvem atividades semelhantes às daquela época. Essa profissão tem muito que crescer, porém, vê-se um desenvolvimento lento, mas progressivo. É preciso que haja mudança tanto do ponto de vista sócio-econômico quanto político para que haja um salto decisivo para o progresso em relação à profissão “enfermagem”.
O trabalho é uma das fontes de satisfação de diversas necessidades humanas, como autorealização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência. Porém, também pode ser fonte de adoecimento quando o meio laboral é propício aos fatores de risco para saúde do trabalhador e este não possui autossuficiência para defender-se dos riscos ocupacionais (MURTA, TRÓCCOLI, 2004).
A doença ocupacional é considerada a segunda causa responsável pelo afastamento do trabalho no Brasil. As doenças ocupacionais na atualidade têm apresentado uma alta incidência, o que leva à diminuição de produtividade, absenteísmo, ao aumento de indenizações e demandas judiciais contra empregadores o que nos reforça ainda mais o interesse pelo assunto uma vez que se consiga a diminuição dessas taxas de doenças ocupacionais, aumenta sua credibilidade junto ao empregador. Além de prejuízos à saúde do trabalhador (MURTA, TRÓCCOLI, 2004).
A enfermagem é considerada uma profissão potencialmente estressante. Os profissionais de enfermagem encontram-se expostos do ponto de vista etiológico aos fatores de risco de natureza física, química, biológica e psicossocial; que se fazem sentir com grande intensidade e justificam a inclusão da profissão de enfermagem no grupo das profissões desgastantes (PAFARO, MARTINO 2004).
Seguindo a mesma linha de pensamento, Rios (2007), apud Brasil (2004); Ayres (2005) descreveram o trabalho dos profissionais da área de saúde: trata-se de trabalho reflexivo, que articula dimensões técnicas, éticas e políticas em cenários múltiplos e diversos autores, ou seja, profissionais de formações diversas.
Para Avellar, Iglesias, Valverde (2007), o exercício do profissional no âmbito hospitalar é apontado por múltiplas exigências: lidar com dor, aflição, morte e perdas, a que se somam as condições adversas de trabalho e a baixa remuneração, fatores que, em conjunto, propiciam a emergência de estresse.
Desde o processo de sua evolução, a enfermagem se depara com questões de exigências inerentes da sua profissão em vista do contexto social e político, levando a um maior desgaste destes profissionais pouco valorizados na atualidade. A enfermagem é a profissão que mais ocupa espaço nas instituições de saúde e está em contato direto com o paciente, familiares e outros profissionais da área da saúde. Dentre outros fatores, este se torna emblemático e acaba sendo cobrado dos profissionais um atendimento de excelência, levando a um desgaste emocional maior do que as outras profissões (FERNANDES, MEDEIROS, RIBEIRO, 2008).
A relação interpessoal entre os colegas de trabalho e superiores exerce forte influência no desenvolvimento na saúde do profissional. Caso existam conflitos com os colegas de trabalho, má organização nos turnos de trabalho, ritmos acelerados de serviço, gera mais conflitos, podendo prejudicar o estado emocional, afetivo e social destes profissionais. Sentimentos de desprazer, aborrecimentos e sofrimento no trabalho, pode afetar a assistência ao paciente (MANETTI, MARZIALE, 2007).
Segundo Kirchhof et al., (2009), o trabalho é uma atividade na qual aspectos físicos e psíquicos estão diretamente relacionados e pode representar tanto equilíbrio, desenvolvimento e satisfação, quanto pode causar tensão, desajuste e, consequentemente, adoecimento do trabalhador.
Segundo Elias, Navarro (2006), a intensificação laboral é traçado típico presente no capitalismo e tem levado ao consumo desmedido das energias físicas e espirituais dos trabalhadores.
As pessoas que não suportam tensões emocionais fortes tendem a reagir deslocando as emoções de suas mentes para seus corpos, iniciando um processo de tensões musculares (HOGA, 2004). Devido a esse fator que o estado emocional também influencia no estado físico do profissional, mesmo que a pessoa não se esforce fisicamente, mas sendo submetida a altas tensões de nervosismo e ansiedade há o descontrole do seu estado emocional. Isto afetará o seu estado físico devido à atividade do corpo como mecanismo compensatório em resposta ao estímulo emocional conflitante para o indivíduo.
Quando o profissional vivencia situações inesperadas e imprevisíveis, sentindo-se obrigado a fazer ajustes rápidos e com o pensamento persistente que não pode cometer erros, uma vez que estará lidando com vidas humanas. Como consequência é levada a uma maior carga de responsabilidade e tensão emocional sendo mais um fator contribuinte para o desequilíbrio destes profissionais (SILVA, CRUZ, 2006).
Em meio a tantas possibilidades de mudanças e avanços tecnológicos na área da saúde, ainda existe pouca atenção voltada à saúde do profissional de enfermagem; uma instituição se preocupa mais com investimentos em estrutura física, com a tecnologia moderna e a outros processos do que a estrutura organizacional que pode ser modificada podendo assim contribuir para a melhor realização do trabalho pelo profissional de enfermagem, sem as atribulações que acabam desgastando sua saúde (BACKES, LUNARDI, LUNARDI FILHO, 2006).
As crescentes transformações, de ordem econômica, política, social e técnica que se vem processando no trabalho têm exercido forte influência sobre a saúde de trabalhadores, Condições precárias de trabalho, aumento da jornada, acúmulo de funções, expõem os profissionais de enfermagem a fatores de risco para sua saúde (AZAMBUJA, KERBER, KIRCHHOF, 2007).
Outro fator enfrentado por diversos profissionais de enfermagem é a escassez e até mesmo a inexistência de recursos materiais. A falta de equipamentos e materiais necessários para a prática profissional gera um conjunto de problemas para o profissional como: desorganização, interrupções constantes do trabalho, exposição a riscos diversos, tanto para o paciente quanto para o profissional de enfermagem, gerando ansiedade e sensação de trabalho ineficaz (DAVID et al., 2009).
Estamos vivendo numa sociedade regulamentada, fundamentada, pela idéia capitalista de produção, ou seja, produzir mais, ter mais e ser o melhor para poder competir no mercado de trabalho, embora, por vezes, esses fatos deixam em segundo plano o "ser humano" que existe em cada trabalhador (CECAGNOA, CECAGNOB, SIQUEIRA, 2005).
O exercício da profissão de enfermagem requer boa saúde física e mental, raramente os profissionais recebem a proteção social adequada para seu desempenho. Apesar de exercerem atividades estafantes, muitas vezes em locais inadequados, não recebem a proteção e atenção necessárias para evitar os acidentes e as doenças decorrentes das atividades. São submetidos aos princípios “teyloristas”, mesma lógica capitalista que prioriza os aspectos econômicos da instituição, em detrimento das necessidades da clientela. Dessa forma, ocorre o afastamento do afeto que deveria existir nas relações de trabalho que envolve o cuidado, para que as atividades sejam realizadas de forma objetiva (MUROFUSE, ABRANCHES, NAPOLEÃO, 2005).
A impossibilidade de vínculo afetivo nas atividades do cuidado possui caráter estrutural, ou seja, a atividade requer esse vínculo, mas a organização do trabalho o impossibilita devido às regras serem cumpridas, quando se trata do cuidado profissionalizado. Tais regras são referidas como normas, determinações superiores, questões administrativas, tarefas a cumprir, entre outras. A partir daí, instala-se uma situação de tensão no indivíduo a qual pode tomar amplas dimensões, criar um conflito que não pode mais ser resolvida com as alternativas à sua disposição, pela impossibilidade de se dar vazão a essa energia afetiva, levando-o, então ao sofrimento, e essa diversidade de situações sugere um quadro favorável ao estresse (MUROFUSE, ABRANCHES, NAPOLEÃO, 2005; MANETTI, MARZIALE, 2007).
A profissão de enfermagem é formada em sua maioria por mulheres, e que quase nunca se preocupa com sua saúde, após cumprir sua jornada de trabalho. A realidade demonstra que ao chegar a casa ela se submete à dupla/tripla jornada, cuidando dos afazeres domésticos e esquecendo-se do descanso e lazer (ELIAS, NAVARRO, 2006).
Segundo Schmidt et al., (2009), dentre os trabalhadores de enfermagem predomina o sexo feminino sendo comprovados por outras pesquisas no Brasil. Dados publicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego indicam que as mulheres representam 73% dos empregos formais na área da saúde.
Os enfermeiros são responsáveis pela administração e gestão de pessoal, pelo gerenciamento dos conflitos e insatisfações encontra-se em nível superior, na hierarquia institucional, aos demais trabalhadores da enfermagem. O nível de expressão exercida pela organização no trabalho, a exigência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente de trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas irrealizáveis e as reações de trabalho tensas e precárias, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento profissional (SCHMIDT et al., 2009).
Portanto, o profissional está diante de um grande desgaste emocional, pois ele está lidando com determinadas situações que envolvem seus sentimentos, isso acaba trazendo sofrimento ao profissional, levando-o ao estresse (MONTANHOLI, TAVARES, OLIVEIRA, 2006).
É necessário desenvolver, nos trabalhadores, de modo geral, habilidades e competências pessoais e coletivas enfatizando o crescimento individual, profissional e institucional, sem descuidar da importância de se implementar nas instituições, estratégias que elevem ao máximo o cuidado como valor humano, oportunizando-lhe condições para criar, inovar, atualizar-se e tomar decisões frente aos conflitos do cotidiano. Ao referir-se ao investimento no capital humano, considera que a inovação e a criatividade necessitam, para ser solidificado, um ambiente motivador. O ambiente de trabalho deve se traduzir num espaço com a finalidade de propiciar formas de vida mais benéficas ao trabalho (CECAGNOA, CECAGNOB, SIQUEIRA, 2005).



3.1 O PROCESSO DE TRABALHO DO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM


O trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde em enfermagem é de forma coletiva, com objetivo comum, com um único propósito: a recuperação, promoção e preservação da saúde, juntamente com a integração da equipe multiprofissional e multidisciplinar. Na realização do trabalho, os diversos trabalhadores envolvem-se com situações conflitantes entre si. A hierarquização pressupõe uma desigualdade entre os profissionais como hegemônicas e subalternas. A enfermagem era tida como subalterna e a profissão médica como hegemônica. Isso foi se perdendo ao longo dos anos, quando na enfermagem moderna a profissão de enfermeiro conquistou a hegemonia. Ao longo dos anos a enfermagem deixa de ser uma prática e passa ser considerada uma ciência e uma arte (GEOVANINI et al., 2002, p. 157-158).
O trabalho de enfermagem confere grandes demandas em seu cotidiano. Em uma unidade hospitalar observa-se grande movimentação durante todo o turno de trabalho e as preocupações que estes apresentam em relação à execução de suas tarefas, para que estas sejam realizadas dentro do tempo estipulado pela instituição. Dentre essas atividades estão as de mover ou levantar cargas pesadas, as realizações de esforços físicos de forma rápida e contínua, essas formas de trabalho geram desconforto físico uma vez que elas exigem condições incômodas com o posicionamento do corpo, cabeça ou braços por longos períodos. Sob esse ponto de vista fica evidente que as grandes demandas de esforço físico geram prejuízo à saúde (KIRCHHOF. et al., 2009).
O hospital apresenta mão de obra com características de cargas excessivas de trabalho, o enfermeiro convive constantemente com situações limite, elevados níveis de tensão e riscos ocupacionais para ele e também para outros. Entre os problemas estão a relação interpessoal e preocupações com exigências institucionais (estrutura organizacional). Fica evidente a necessidade de políticas específicas e melhorias das existentes que beneficiem os trabalhadores de enfermagem e estudos com maior enfoque nas consequências dessas influências negativas sob esses profissionais (PASCHOALINI et al., 2008).
Outro fato que também acaba por levar o profissional de enfermagem a um grande desgaste, físico e psíquico, são as más condições de trabalho oferecidas pelas instituições, sendo muitas vezes divididas a uma diversidade de cargos que são geradores de desgaste (BIANCHI, GUERRER, 2008).
A enfermagem em sua maioria enfrenta sobrecarga de trabalho tanto de ordem quantitativa, como no caso de enfermeiras que, algumas vezes, respondem por mais de um setor tanto na área hospitalar quanto na saúde pública; do ponto de vista qualitativo, ao lidarem diretamente com clientes, familiares, bem como os profissionais de saúde da própria equipe de saúde. A inadequada disponibilização de materiais, para execução das atividades diárias, recursos humanos insuficientes, manipulação de novos equipamentos para os quais falta preparo para o manuseio, altas exigências de rapidez na execução das atividades em que erros não são permitidos, isso gera ambiente tenso e exposição do trabalhador a risco de doenças ocupacionais, tais como “o estresse” (MONTANHOLI, TAVARES, OLIVEIRA, 2006).
A relação de trabalho e sofrimento entre os profissionais de enfermagem têm despertado o interesse de muitos pesquisadores, e fica cada vez mais clara essa relação. Esse sofrimento fica bem claro, pois, está relacionado com o aumento da jornada de trabalho, ao multiemprego e escalas extras de trabalho, que são aspectos relevantes. A organização no trabalho e o espaço ocupado por ele na rotina diária desses profissionais impossibilitam os trabalhadores de enfermagem a viverem as múltiplas dimensões da vida que não seja o trabalho. Na jornada de atividades fica evidente que a sobrecarga de trabalho interfere nas relações familiares e particulares do trabalhador de enfermagem, em consequência do pouco tempo livre. O fato de a mulher passar mais tempo fora trabalhando não se caracteriza irresponsabilidade em ralação ao trabalho doméstico, mas sim uma jornada a mais porque o pouco tempo que lhes sobra livre é usado para realizar as tarefas domésticas (MEDEIROS, et al. 2006; RIOS, 2008).
O autoconhecimento tem grande valor para o equilíbrio e o bem-estar do profissional, pois ele determinará um importante significado em sua relação com outros profissionais em seu meio de trabalho. Assim, seguindo uma mesma linha de pensamento, Hoga (2004), relatou: Conhecer-se a si mesma permite a pessoa tomar ciência dos próprios obstáculos, fragilidades e também encontrar e permitir melhor usufruto de suas potencialidades.
O enfermeiro age, em seu cotidiano de trabalho, com pouca ou nenhuma consciência do estresse que enfrenta, por conseguinte o conhecimento do processo de estresse é imprescindível para seu adequado enfrentamento. A identificação dos agentes estressores no trabalho corresponde a um dos grandes agentes de modificações, uma vez que ampliadas os prováveis recursos seus efeitos, estas podendo o cotidiano dos profissionais de enfermagem mais produtivo, menos desgastante e valorização do ser humano e profissional (CALDERERO, MIASSO, CORRADI-WEBSTER, 2008).
A opinião de diversos profissionais atuantes nas instituições de saúde, independentemente da função que ocupam, revela que eles têm uma abertura para expor suas opiniões e pensamentos, isto gera uma gestão participativa, com os profissionais se sentindo úteis para a instituição e havendo uma melhora da relação entre eles (RIOS, 2007). Este profissional terá, portanto, um maior conhecimento dos seus limites e já consciente de alguma possibilidade de erro sem se frustrar, pois ocorre com profissionais que não estão preparados psicologicamente.
Outra característica que serve como fator de motivação para o trabalho do profissional de enfermagem é a promoção no emprego, seja por remuneração do salário, ou mudança de cargo. Uma tática que tem ótimo resultado é estimular os processos de educação permanente dos funcionários, através de orientações, educação continuada, isto tudo além de trazer maior conhecimento aos profissionais também diminui o número de erros nos serviços prestados e fortalece a auto estima dos profissionais (RIOS, 2007).
Um ambiente de trabalho inadequado para as práticas de serviços do profissional de enfermagem, juntamente com uma gestão falha e conflitos nas relações interpessoais, só podem prejuízos, aos funcionários.
Assim Rios (2007), apud Karasek (1979); Kristensen, (1995); Paraguay (2003); Martinez, Col., (2004), relataram que no ambiente laboral físico e relacional podem produzir a satisfação e o sentimento de realização ou, no seu revés, o sofrimento e o adoecimento do trabalhador.
A enfermagem, como parte do coletivo de profissionais da saúde e parte responsável pelo ato médico , desenvolve sua prática baseada em conhecimentos técnicocientíficos para obtenção de resultados positivos. A enfermagem é considerada uma profissão subalterna frente ao profissional médico. Uma vez que esse profissional detém sob sua jurisdição o poder sobre as práticas dos demais profissionais da área da saúde. Essas relações conflituosas se mantêm ao longo dos anos e refletem entre as subdivisões da enfermagem (enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e atendente). O trabalho da enfermagem vai além das ações meramente técnicas, administrativas ou assistenciais, (GEOVANINI et al., 2002, p. 159-160):

















4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O conhecimento obtido é que me determinadas situações vivenciadas pelo profissional de enfermagem, pode desencadear patologias como o estresse.
Concluímos que o estresse o ocupacional resulta da interação entre muitas demandas psicológicas, menor controle no processo de trabalho e menor apoio de colaboradores e chefes no ambiente laboral. O profissional de enfermagem vive sob constantes condições estressantes no ambiente de trabalho. O profissional de enfermagem quando acometido pelo estresse, terá prejuízo não somente no desempenho de suas atividades laboral, mas também de ordem social e familiar.
De acordo com as literaturas consultadas neste trabalho, ficou evidente o desenvolvimento dos profissionais na valorização do seu trabalho, mesmo nas condições vivenciadas no dia a dia, as quais são acarretadoras de transtornos aos indivíduos levando-os à deterioração de sua saúde.
A enfermagem é uma profissão que exige muito dos profissionais, requer dedicação e se faz necessária cada vez mais a busca pelo conhecimento, visando à valorização da profissão e principalmente a importância da sua saúde.
Obteve-se um legado de informações e conhecimento sobre o tema descrito, através das situações com que o profissional pode deparar no cotidiano da vida profissional, a profissão de enfermagem na qual ingressaremos, servindo como um novo conhecimento para nossas vidas pessoais e profissionais.
Fatores como: hierarquia, relacionamento interpessoal sobrecarga de trabalho, acúmulo de funções, multiempregos, sistema organizacional, entre outros, constituem um conjunto de fatores que predispõem os profissionais de enfermagem ao estresse.
O presente estudo evidenciou que os profissionais de enfermagem não obtêm conhecimento adequado sobre o estresse bem como suas influências negativas sob a produtividade no ambiente de trabalho; que o autoconhecimento tem grande valor para o equilíbrio e o bem estar do profissional, proporcionando mecanismos de defesas.
Devido ao fato de ser um tema atual, mas pouco explorado, e que possui uma grande influência na vida profissional e pessoal dos mesmos, todos necessitam obter conhecimento sobre o estresse e suas influências no indivíduo, portanto ele saberá lidar com os tipos de situações estressoras, podendo permanecer em constante equilíbrio para a realização de seu trabalho.
Em relação à história da enfermagem observou se que houve evolução na qualidade da saúde dos indivíduos assistidos.
Pôde-se notar durante o estudo que o estresse é inerente à profissão, uma vez que esses profissionais trabalham sob constante influência de ações, geradoras de estresse, por isso a necessidade de adaptar-se a ele torna imprescindível ao ambiente hospitalar ser mais agradável e menos tenso.


























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Um comentário:

  1. MONOGRAFIA APRESENTADA NO DIA 07/12/2009 NO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RIO VERDE-GO. PARA AVALIAÇÃO DE CONCLUSÃO DE CURSO "ENFERMAGEM".

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